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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Até quando a irracionalidade irá superar ao bom senso?




A grande discussão do momento diz respeito ao aumento da desigualdade. Segundo a ONG britânica OXFAM, os 1% mais ricos do planeta possuem a mesma riqueza que os demais 99%. Lord John Maynard Keynes advertiu que era necessário salvar o capitalismo dos capitalistas. O Estado passou a regular os excessos do período anterior à crise de 1929, tempos sob o domínio dos "barões ladrões" : Andrew Carnagie, Rockfeller, etc. Tempo de domínio do capital monopolista e  que desfazia a cantilena do "livre mercado", da "concorrência". 
Discutir ciência não combina com adoração religiosa. A Economia não deve ser tratada como dogma, cujo fanatismo desvirtua a racionalidade e o equilíbrio do debate e esconde , em síntese, interesses inconfessos de concentração de poder e riqueza.
Dado o quadro, o prêmio Nobel de Economia, Joseph Stigltz esteve no Brasil debatendo a "crise" e a visão míope e religiosa sobre o "mercado".
Questionou a "austeridade" pregada pelo Chicago-boy Joaquim Levy. O "esforço" do superávit primário apenas para pagar...juros, isso mesmo, os maiores juros do mundo. Joaquim Levy, o homem do Bradesco, Bradesco que comprou a Vale do Rio Doce (hoje Vale "tudo") por R$ 3 bilhões e seu patrimônio era de mais de R$ 100 bilhões. 
Outra discussão : independência do Banco Central. Mais do que é. Sim, independente em relação ao país, ao seu projeto. O Banco Central dissociado de um Brasil que quer seguir crescendo e distribuindo renda. Um Banco Central que desmancha sua fiscalização para facilitar falcatruas como as 8.000 contas secretas de brasileiros na Suíça abertas pelo narcobanco HSBC. 
Aliás: se o Banco Central brasileiro é tão austero, por que o dos EUA emitiu moeda sem lastro? 
Resposta : vir comprar empresas brasileiras, o pré-sal, o que restou do subsolo. 
A entrevista de Stiglitz joga outra luz sobre a escuridão neoliberal e alerta para a prosperidade dos países cuja intervenção estatal via investimentos sociais é positiva, casos de Suécia e Noruega.





terça-feira, 14 de julho de 2015

Como pode o Banco Central do Brasil não ter detectado a movimentação suspeita de mais de 8 mil contas bancárias ligadas ao HSBC na Suíça?

Há um desmonte proposital do setor de fiscalização do Banco Central, de modo que facilita a bandidagem e a livre atuação. O silêncio da mídia é fenomenal.



https://bn1-broadcast.officeapps.live.com/m/Broadcast.aspx?Fi=cc2f43d6d897bc29_d19dcd92-2eb5-4a24-9a35-71f956a67f44-async%2Epptx

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Sobre Thomas Piketty
1.  Quando a desigualdade econômica passa a ser inútil ou estéril?
2.  Quais os níveis de desigualdade que trouxeram algum benefício?


O professor e pesquisador francês, longe de ser um marxista, hoje é o mais debatido economista após a publicação de seu livro “O capital no Século XXI”, a ser lançado em novembro de 2014 no Brasil.
Após um estudo exaustivo, com fartos dados estatísticos, verificou de forma contundente aquilo que estamos presenciando após a crise de 2008 – a concentração brutal de renda.
Pois bem, se alguém perde alguém ganha. O Estado , que deveria mediar e equilibrar esta relação e evitar que as desigualdades fossem acentuadas e, por consequência, seus efeitos como desemprego, pauperização, violência e destruição ambiental, não consegue ou não tem vontade política para acompanhar a velocidade da “globalização”, uma nova fase de acumulação, se torna impotente mediante a brutal expansão do capital e a “liberalização” financeira (ou será libertinagem?).
As diferentes formas de capital (principalmente os assets-  ativos) devem ser melhor controladas, não obedecem às mesmas leis. O que aqui o senador Roberto Requião chama de “Capital Vadio”, a imprensa brasileira (esmagadoramente colonizada) chama de “mercado”.
Toma como base os EUA, a meca do capitalismo e cujos níveis de desigualdade superam em muito os padrões europeus (também crescentes). Este país, desde os seus primórdios valorizou a meritocracia e, no pós-crise de 1929, implantou a tributação progressiva sobre as fortunas, chegando a 82% sobre a renda e 70% sobre heranças, sendo este um pilar do alto crescimento e desenvolvimento. A estrutura tributária começou a ser desfeita a partir de 1980, com a chegada de Reagan à presidência e a desregulamentação econômica.
Os dados atuais dos EUA dão conta que do crescimento de 1,5% do PIB, 75%  foram  absorvidos por 1% da população  os outros 25% para os 300 milhões de estadunidenses.
Em termos planetários, 1% da população mundial detém 50% da riqueza mundial.  
Mas como o problema está dado, as soluções, segundo o economista, algumas soluções passariam por:
a)    Uma nova tributação sobre o capital financeiro e não somente sobre fortunas baseadas em ativos fixos (imóveis, por exemplo), uma vez que a riqueza acumulada em papéis é muito maior que o próprio PIB mundial, cerca de 10 vezes;
b)    Controle sobre a remuneração dos executivos de grandes empresas, um dos motivos que levou à crise de 2008, dado que quanto mais um balanço era lucrativo, maiores eram os bônus;
Obviamente, as propostas são várias, mas a centralidade está na discussão dos mecanismos de concentração de renda e como combatê-los. A liberalização econômica é uma realidade posta a partir da década de 1980, seus efeitos são deletérios na distribuição de renda. Crises sociais e ambientais se avizinham. O debate está aberto.



A CRISE DO CAPITAL CASTIGA A EUROPA (E o emprego mundial)
Classe Média Chega à Favela - Padrão 1º Mundo

França:
Desabrigados, desempregados e alijados do sistema produtivo se reúnem na Praça da República em Paris, contrastando com lojas mais conceituadas da alta costura francesa e europeia;
Dados da Fundação Abbé Pierre dão conta de que aproximadamente:
·         130 mil pessoas vivem atualmente nas ruas de Paris;
·         3,6 milhões estão em moradias insalubres ou precárias;
·     Desde 2.000 os alugueis em Paris subiram 120%; (e a inflação é de 2% ao ano? -  Manipulação?);
·         Pessoas expulsas de suas casas em 1981 (81 mil) e em 2000 (115 mil);
·         Pessoas desalojadas a força pela polícia em 2001 (6 mil) e em 2012 (12 mil);
·         As perdas sociais na França ocorreram em setores importantes como educação, além da privatização de setores estratégicos como correios e telégrafos, aeronáuticas e de fabricação de caças;
·     Os sindicatos franceses, em declínio, garantiram conquistas sociais importantes que até hoje vigoram e estão sob ameaça;
·   O Partido Socialista (?) adotou medidas conservadoras e regressivas (isenção a empresários);
·         O PS francês adota uma cartilha à lá Tony Blair.
Desemprego Europeu em março de 2014:

País
Índice
Obs.
França
10,6%

Grécia
28%
14% vivem na pobreza
Espanha
25,8%
Entre jovens (25-34 anos) chega a 31,5%
Portugal
15,3%

Itália
13%

Irlanda
12,3%

Reino Unido
7,9%

Alemanha
7,0%
30% dos alemães vivem abaixo da linha de pobreza

 Obs : Na Alemanha 7,45 milhões de “miniempregos” de até 450 euros mensais (carta capital e de 200825/09/2013)

Desempregados de longa duração (acima de 12 meses) – cresceu em 40% desde a crise de 2008 (Pesquisa “Indicadores Chave do Mercado de Trabalho” – OIT):
·       Na Espanha, no Reino Unido, Estados Unidos, Sérvia e Bulgária o desemprego por longo tempo aumentou 40 por cento ou mais em relação a 2008;
·    Estados Unidos e Alemanha tinham taxas de desemprego ao redor de 6,3 por cento entre 1970 e 2013;
·      Na França, onde as taxas de desemprego ficaram em torno de 30 por cento mais altas do que na Alemanha desde 1991, um trabalhador desempregado costuma necessitar menos tempo para encontrar um trabalho;
·     Nos países em desenvolvimento, os trabalhadores passam mais rapidamente de um período de desemprego a um período de emprego (recolocação) que nas economias avançadas, mas isto se deve a que frequentemente passam para um emprego no setor informal;
·   No México, por exemplo, o número de pessoas que entrou e abandonou o mercado de trabalho entre 2011 e 2012 era, respectivamente, 3,7 por cento e 69 por cento mais alto do que nos Estados Unidos;

 Espanha:

·         Crise imobiliária quebrou a economia espanhola e chegou a representar 40% do PIB em 2008;
·         Cortes salariais, demissões massivas e perdas de direitos sociais CONSOLIDADOS;
·         Entrada na UE representou desmantelamento industrial (indústrias naval, mineiro e siderúrgico);
·         Marcha da dignidade convergiu 2 milhões de espanhóis para Madri, pedindo fim dos cortes de investimentos e a saída do governo;


Panorama Europeu:
Europeus atingiram níveis de vida superiores e mais equilibrados que os EUA, por ora sendo desmontado com a crise;
As perdas sociais na França são reais
As conquistas sociais francesas são superiores aos EUA e Inglaterra
“As taxas de desemprego oferecem somente uma imagem aproximada do funcionamento do mercado de trabalho de um país.
Os dados sobre os fluxos de desemprego no KILM abrangem, dependendo do país, até 40 anos (1968-2012).

Aumento das restrições a estrangeiros como na Suíça e na Alemanha;

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Material base para matemática

http://www.4shared.com/office/Rcnm001Z/Conceitos_Matemticos.html

Uma boa contribuição do MEC para retomar alguns conceitos matemáticos básicos

sábado, 28 de julho de 2012

Brasil , um país escravocrata

O Brasil foi o último país a abolir a escravidão. Vergonhoso. Brasil - uma história inconveniente, só poderia ter sido feito fora do país. Um trabalho muito bom da BBC e que nossos queridos conservadores e escravos mentais da classe média "cristã" não admitem

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O extermínio de índios guaranis

Vivi na região de Dourados durante minha adolescência, foi uma experiência fabulosa. Contanto, uma coisa sempre foi incômoda: a maneira como os índios eram tratados. Eles, antigos donos das flechas, antigos habitantes do lugar sem serem donos. O avanço do "agronegócio" foi confinando os índios a territórios cada vez menores. Afora a chegada das igrejas evangélicas, o que de certa maneira, descaracterizou as aldeias. As ricas "terras roxas" da região são fruto de cobiça. MS se torna uma grande fazenda de multinacionais e de latifúndios que se "justificam" pelas receitas de exportação. Mesmo o último grande projeto (engodo) político do país, representado pelo PT e personalizado por Lula e continuado por Dilma não se sensibilizou com a concentração e "alienação" das terras brasileiras às grandes multinacionais, muitas delas, patrocinadoras da campanha do "Partido dos Trabalhadores". Se não poderíamos contar com o pSSdb, não podemos fazê-lo com o PT. As políticas de redistribuição e desconcentração da terra viraram letra morta. A FUNAI é omissa e a bancada ruralista troca seus votos e privilégios pela covardia e interesses do governo federal. Aos índios resta a terra dos SETE PALMOS da morada eterna. O seguinte documentário é interessante. O genocídio prossegue. Se fosse sobre judeus, já teria ganho OSCAR, mas...